6 de fevereiro de 2011

Quando Coisas Ruins Acontecem a Pessoas Boa



Algumas das coisas que mais temos dificuldade de entender são:

· Porque as pessoas boas sofrem tanto? 
· Porque ocorrem coisas ruins a pessoas boas 
· Porque uma pessoa tão boa e tão especial, morreu tão cedo, morreu tão jovem 

Essas perguntas todas podem ser sintetizadas da seguinte forma: Afinal, como funciona a justiça de Deus? 
Nós, comumente, achamos que as pessoas boas deveriam ser agraciadas com coisas boas e as pessoas ruins deveriam sofrer os reveses da vida. Para nós, a Justiça deveria funcionar assim. Entretanto, o que parece ocorrer é justamente o contrário. 
Quantas vezes não vemos a seguinte frase: “Se fosse um homem de bem, teria morrido. Mas, como é um marginal, conseguiu escapar da tragédia.” 
Ou ainda: “Fulano é uma pessoa tão boa mas nunca vi sofrer tanto!”. 
Estaria Deus alheio ao que se passa na Terra? Será que a Justiça de Deus tem falhas? 
A resposta a todas essas perguntas é simples e direta: A Justiça de Deus não falha nunca! 
Mas, se não falha nunca, como explicar as injustiças que vemos todos os dias ao nosso redor?  Vamos então às explicações para que compreendamos de uma vez por todas a infinita Bondade, Amor e Justiça de nosso Pai Criador e, para isso, precisamos esclarecer dois pontos primordiais sobre as nossas vidas: 
1- Nós não temos apenas uma vida. Não temos apenas esta vida. Não. Nós todos somos espíritos eternos, criados por Deus a milhões de anos atrás e, reencarnação após reencarnações, vimos progredindo passo a passo. Isso significa que a nossa vida de hoje é consequência dos nossos atos passados, atos de nossas vidas passadas. Como dizemos comumente: Somos sempre livres para plantar as sementes de nossas atitudes, mas a colheita do que plantamos é sempre obrigatória e compulsiva. 
2 – Achamos que o sofrimento é uma coisa ruim. Não é bem assim. Ninguém gosta de sofrer. Nem mesmo nós, os Espíritas. O que ocorre é que temos uma percepção diferente do sofrimento. Os Espíritos nos esclarecem que o sofrimento é uma maneira de crescermos e evoluirmos, já que através dele nos tornamos pessoas mais equilibradas e mais conscientes do valor da vida. 

Assim, temos: 

Todos nós gostamos de progredir, de crescer, de melhorar. Essa é determinação do Espírito também. Então, quando cometemos erros em uma vida, ao chegarmos no plano espiritual muitas vezes nos damos conta dos erros cometidos. Então, voltamos a reencarnar e, muitas vezes, pedimos que o anjo do sofrimento e da dor nos visite. Isso nos torna mais humildes, ao passo que somos compelidos, automaticamente, a passar pelos sofrimentos que, no passado, fizemos os outros passarem. 
Assim, se nós enfrentarmos a dor e sofrimento, as traições, as calúnias e as dificuldades da vida, sem revoltas, com confiança em Deus, estamos dando o nosso testemunho a Deus que confiamos em sua justiça. Também quitamos nossas dívidas de nosso passado e, assim, livres de débitos, somos livres para flutuar a níveis mais elevados de espiritualidade. 
A vida aproveita todas as oportunidades que tem para nos fazer crescer e resgatarmos nosso passado. Até mesmo na morte. O corpo físico deve ser tratado com carinho e respeito e avida na Terra é um presente de Deus. Acontece, porém, que o corpo físico nada mais é do que uma roupa e que a vida na terra é apenas uma de muitas existências. Assim, muitas vezes vemos pessoas que têm desencarnes violentos, em tragédias, atropelamentos, etc. Ora, isso também é um resgate e dura um tempo muito curto diante da eternidade que tem o Espírito, que estará livre de todo o débito do passado. 
Para ser ainda mais claro: Para nós, uma boa morte seria morrermos velhinhos e, de preferência, durante o sono. Mas, imagine se em vidas atrás, eu tivesse assassinado meus inimigos de forma brutal. Hoje, consciente dos meus erros, bem que eu poderia aproveitar o meu tipo de morte para, em vez de morrer dormindo, submeter-me a tipo de morte que viesse a marcar o meu espírito com o conhecimento definitivo do que significa causar aquele tipo de dor a alguém. 
Ora, pode parecer algo terrível para nossa visão limitada, mas quando estamos no plano espiritual, entendemos que a existência carnal dura apenas um instante e que a dor passa, sempre passa, e que estaremos livres para plantarmos um novo jardim em nossas vidas. Não mais espinhos e sim flores. 
O Espiritismo, ao esclarecer que temos muitas vidas, nos faz enxergar a existência terrestre como um período muito curto diante da eternidade de nossa evolução, ao passo que nos mostra que o sofrimento e a dor, ainda que nos seja desagradável enquanto encarnados, é profundamente salutar para a nossa verdadeira vida, a vida do Espírito. 
É assim que pessoas tão iluminadas, quanto a veneranda D. Zilda Arns, depois de tanto bem e tanta luz que semeou através da iniciativa católica da Pastoral da Criança, desencarnou em meio a uma tragédia tão grande, no gigantesco resgate coletivo que foi o terremoto do Hait em 2010. 
Criaturas assim são recebida no plano espiritual com imenso amor e respeito, em nenhum momento queixam-se de seu tipo de desencarne, agindo de forma oposta, ouseja, agradecendo a Deus a oportunidade de quitar ainda mais um débito do passado longíquo. 
Recomendamos enfaticamente a leitura de O Livro dos Espíritos, que esclarece de forma tão clara e lógica a temática deste post. 

Que nos ampare Jesus, o médico de nossas almas! 


Ylien Asor


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