6 de junho de 2010

Obsessão Espiritual. Parte II






Uma vez que definimos o que significa Obsessão Espiritua vamos agora falar de como ela se origina e quais são as motivações que levam um espírito, comumente chamado de Obsessor, a perseguir alguém.

Há alguns anos, trabalhando em uma sala mediúnica, no Centro Espírita Caminhando para Jesus, na cidade do Recife, iniciamos um diálogo com um espírito que havia sido trazido pelos benfeitores espirituais da casa, para que tentassemos ajudá-lo. Aquela noite era especialmente reservada ao tratamento da Desobsessão.
Desobsessão é o tratamento espiritual e material, realizado nas casas espíritas, visando ajudar não só o sofredor encarnado mas, também, o sofredor desencarnado, chamado obsessor, também merecedor da misericórdia do Pai Celestial.
O irmão que estava à nossa frente mostrava-se irritado, revoltado e arredio. Entretanto, graças à intuição de nossos amigos espirituais, sentimos que havia cansaço naquela criatura. Cansaço de tanta luta e perseguição. E foi por ai que começamos o diálogo, perguntando:
- Amigo, há quanto tempo você está perseguindo essa pessoa? – Perguntei.
- Não sei. Não tenho a menor idéia. Faz muito tempo. Quando eu morro, ele me persegue. Ai, quando eu morro, ele reencarna, e ai é a minha vez!
- Compreendo. Mas, tente lembrar-se o ano em que tudo isso começou, considerando que estamos em 2001 (foi essa a época desse relato).
Ajudado pelos amigos espirituais, e com grande dificuldade, após algum tempo ele falou:
- Outubro. Outubro. Outubro de 1278!…
-Amigo, você está preso nessa luta inglória há mais de 700 anos! Será que já não basta!? Estamos em setembro de 2001…
- A informação causou-lhe grande choque. Após alguns minutos de reflexões, aceitou a ajuda dos trabalhadores da casa que o conduziram a uma colõnia espiritual, encerrando assim, uma obsessão secular.
E o motivo?...  Ele já não sabia...
Relatamos essa história como ilustração do que queremos dizer
  • Muitas obsessões podem durar séculos
  • Muitas obsessões se originam por traições: entre amigos, desertores de seitas, mulheres infiéis, maridos que enganam suas esposas. Nesses casos, os espíritos que se sentem traídos buscam, através do tempo, vingar-se de suas traidores me dolorosos processos de perseguição.
  • Obsessões também se iniciam por humilhações. Quantos chefes, gerentes e donos de empresas, valendo-se da bobagem de uma situação hieráquica de poder, sempre passageiro, não humilham seus comandados, seus empregados?
  • São os humilhados de hoje que, infelizemente, acabam algumas vezes, por tornarem-se os obsessores de amanhã.Obsessões também têm origem no sexo desvairado, em cumplices de vicios, em seres enlouquecidos pela paixão, acreditando que AMAM determinada pessoa e ela o pertence.A obsessão causada pelo “amor” enlouquecido é tão terrível e angustiante quanto aquelas causadas pelo ódio.
Enfim, na gênese, na origem da obsessão espiritual, há sempre alguém que sentiu agredido, roubado, traído, humilhado ou até mesmo preterido. Esse ser, sentindo-se vitimado busca vingança. E mais intensa e covarde é a vingança quando a criatura desencarna, por que já não pode mais ser visto e assim, pode perturbar, influenciar, agredir, sem que se de conta de sua nefasta presença.
É por isso que reafirmamos: Quando a humanidade compreender que há uma vida espiritual, que não morremos e, principalmente, continuamos interagindo com a vida física, mesmo após a morte, a Medicina irá revolucionar os seus tratamentos e o nosso planeta poderá avançar um pouco mais, na direção de seu progresso na equação celeste, diminuindo a dor e promovendo a alegria verdadeira,  estimulando o progresso e a bondade dos homens, em nosso planetinha tão difícil.

Obsessor – Quem é este ilustre desconhecido?

É muito comum encontrarmos pessoas que vão às casas espíritas buscar ajuda, dizendo-se vítimas de espíritos maus que os estão perseguindo. Isso parece lógico para quem faz tal afirmativa. Ora, ela está sendo perseguida, logo, é a vítima. E se um espírito está está prejudicando ela, então ele é mau, é ruim…
Será que as coisas são tão simples assim? Será que nós somos sempre as vítimas, os inocentes e os espíritos que nos perseguem são sempre os bandidos, os maus da história? A resposta é um sonoro não. Nós, espíritas, evitamos chamar o obsessor de “espírito mau”. Da mesma forma que evitamos chamar o obsediado de “vítima”.
Os termos que usamos para designar o Obsessor são: Espírito atrasado, ignorante, perturbado. O motivo disso está, em última instância, na chamada Lei de Ação e Reação que estabele que cada ação irá gerar uma reação. Assim, a “vítima” de hoje normalmente está sofrendo a reação de suas ações cometidas no passado, contra aquele espírito que a persegue nos dias de hoje. Não seria justo dizer de uma pessoa que fez mal a outra que ela é uma vítima, só porque está sendo perseguida hoje pelos erros que praticou no passado.
Por outro lado, nem todo espírito obsessor é verdadeiramente mau. Ao contrário, a grande maioria de obsesores não passam de criaturas que foram profundamente agredidas no passado e,  não tendo condições espirituais nem emocionais  para perdoar seus carrascos, cristalizaram o ódio de tal forma dentro de si que,  após morrerem, buscaram vingança.
Os obsessores são, na maioria das vezes, espíritos em busca de vingança. Não são seres à parte da Criação nem diabos ou demônios. Longe disso, são seres humanos como todos nós, com sentimentos, emoções, aspirações, desejos, famílias, entes queridos e tudo o mais. O fato de estarem desencarnados, sem as limitações que o corpo físico impõe, é o que lhes dá liberdade para agirem e se locomoverem pelo espaço e principalmente, junto de seus desafetos.
Pessoas que tiveram seus sonhos de amor destroçados, criaturas que foram assassinadas ou torturadas, esposas que foram humilhadas por seus maridos, homens traídos por suas mulheres, filhos maltratados por seus pais, amigos que enganaram aos seus pares, escravos animalizados por seus senhores de engenho, e mais um sem número de seres humanos engrossam o contingente dos que foram agredidos ontem e se tornaram os obsessores de hoje.
A vida quase sempre nos  permite escolher. Às vezes preferimos cultivar o ódio e o desejo de vingança e nos esquecemos que o melhor caminho seria o perdão e a busca pelo esquecimento do mal sofrido. Quando perdoamos aquele que nos fez mal, estamos lucrando duplamente. Primeiro, nos permitimos seguir em frente e não ficamos presos em momento de nossas vidas, que logo se tornará passado e, segundo, evitamos cultivar as energias densas e cancerígenas do ódio, que nunca traz nada de bom para ninguém.
A pessoa, qualquer pessoa, que foi prejudicada por outrem e que opta pelo desespero, pelo ódio e pela vingança, é um candidato potencial a se tornar um Obsessor após a sua morte. Na outra ponta temos que qualquer pessoa que faça o m outrem, seja ele que for, é um potencial candidato a tornar-se obsediado em um futuro breve ou distante, a não ser que a pessoa ofendida tenha perdoado, sinceramen quem a ofendeu. ainda em vida, esquecendo o mal entendi


 Ylen Asor (http://espirito.blog.br )








                                                              


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